A primavera começa hoje, mas estou no outono da vida. Soa dramático e trágico e um tanto melancólico, não nego. Enquanto escrevo, minha vitrola mental começa a tocar Nelson Cavaquinho ou a canção do Prévert. Acho que “trágica melancolia” é uma expressão que pode definir a vida de alguma forma, mas a dimensão do drama aparece também, principalmente quando me pego pensando uma trilha sonora, um score para o filme de minhas desventuras. E quando as memórias ganham trilha e nossas questões existenciais se transformam em texto é de drama que estamos falando, é para um outro. O outro que carregamos como expectador de nós mesmos ou um outro suposto lá fora, não importa. Escrever é atuar esse drama.
Primavera?
Primavera?
Primavera?
A primavera começa hoje, mas estou no outono da vida. Soa dramático e trágico e um tanto melancólico, não nego. Enquanto escrevo, minha vitrola mental começa a tocar Nelson Cavaquinho ou a canção do Prévert. Acho que “trágica melancolia” é uma expressão que pode definir a vida de alguma forma, mas a dimensão do drama aparece também, principalmente quando me pego pensando uma trilha sonora, um score para o filme de minhas desventuras. E quando as memórias ganham trilha e nossas questões existenciais se transformam em texto é de drama que estamos falando, é para um outro. O outro que carregamos como expectador de nós mesmos ou um outro suposto lá fora, não importa. Escrever é atuar esse drama.